terça-feira, 3 de junho de 2008

VIDA E SAÚDE DO MÊS


Dia dos Namorados: Paixão e Atenção

No dia dos Namorados deve ser um encontro de apaixonados e que com toda a certeza serão trocadas juras de amor eterno e de recordar momentos felizes dos casais de todas as idades. Esse dia como todos os outros ligados a datas especiais como Dia das Mães e o Dia do Professor, por exemplo, despertam sentimentos contraditórios entre a população que presta e as pessoas que devem ser atingidas pela homenagem

Os mais românticos, os mais sensíveis querem ser lembrados nesses dias especiais se não com presentes, com pelo menos palavras de afeto ou carinhos. Os mais realistas, os mais práticos dizem que tudo isso é comercio, é bobagem.

Mas o Dia dos Namorados é especial. Geralmente para os jovens, é um dia cercado de uma mística romântica que não admite contestações. Para os mais maduros representa um reencontro, quando existe um bom relacionamento, de momentos felizes que é sempre bom lembrar.

Não há estatísticas a respeito mas é a oportunidade de exacerbar as paixões e provavelmente de maior e mais intensas atividades sexuais.

Disfunção Sexual

E se na hora H, no ato da paixão um dos namorados falhar? Essa falha é chamada de disfunção sexual

Aproximadamente um em cada três homens e, quatro em cada 10 mulheres, sofrem de algum tipo de disfunção sexual. O primeiro estudo científico a explorar problemas sexuais dos casais foi o Relatório Kinsey há 50 anos atrás.

Em 1999 a mesma equipe entrevistou 3.159 homens e mulheres. Essa última amostra foi escolhida com critérios estatísticos, sendo representativa de 97% da população dos EUA, constatou que a maioria das pessoas que experimentam dificuldades sexuais não procuram a ajuda dos médicos ou de educadores sexuais.

Em geral, homens e mulheres casados têm menos problemas sexuais do que os solteiros; entretanto, as mulheres tendem a ter problemas na juventude, sendo que 21% das mulheres com idade entre 18 a 29 anos informam dor física durante a relação sexual, enquanto as mulheres com 50 a 59 anos de idade têm apenas um terço da probabilidade de experimentar dor.

Os problemas masculinos tornam-se mais acentuados com a idade. Os homens entre 50 a 59 anos de idade têm uma probabilidade 3,5 vezes maior de apresentar problemas para atingir e manter uma ereção, do que os homens na faixa etária dos 18 aos 29 anos.

A escolaridade está ligada à satisfação sexual. As mulheres que não concluíram o segundo grau tinham cerca de duas vezes mais probabilidade de ter falta de apetite sexual (42%) do que as mulheres com nível universitário (24%). Os homens com nível de escolaridade superior tinham menos probabilidade de ter ejaculação precoce do que aqueles que não completaram o segundo grau (27% versus 38%).

O estresse demonstrou estar intimamente ligado a disfunção sexual. A perda de emprego dá problemas sexuais, e os homens que perderam o emprego tendiam a ter dificuldades para atingir manter uma ereção. Problema de saúde e abusos sexuais sofridos na infância também estavam ligados à falta de satisfação sexual (libido).

As pessoas que relataram disfunção sexual tinham uma probabilidade menor de relatar sentimentos gerais de felicidade, embora não esteja claro se a disfunção sexual causa infelicidade ou vice-versa.

Porém os pesquisadores concluem que existe uma forte associação entre disfunção sexual e uma pior qualidade de vida das pessoas, influenciando na sua felicidade

Sexualidade e Prazer

Na classificação dos distúrbios mentais adotadas pelos psiquiatras americanos existem oito síndromes que identificam a disfunção sexual: desejo inibido, excitação inibida, orgasmo feminino inibido, orgasmo masculino inibido, ejaculação precoce, dispareumia funcional (presença de dor recorrente e persistente durante o ato sexual tanto no homem como na mulher), vaginismo funcional (espasmo involuntário recorrente e persistente do terço externo da vagina, impedindo a penetração) e disfunção sexual atípica (masturbação compulsiva, freqüência de desejos desiguais no casal, e fantasias sexuais muito exóticas).

De forma bem geral, para que a sexualidade tenha a sua atuação normal e que seja uma manifestação de prazer inexplicável e irracional ocorrem vários fatores: biológicos (anatômico, fisiológico – influência de medicamento, presença de enfermidades, psicológicos, ambientais, de formação, de personalidade, emoções, necessidades, etc.), cultural (valores), e social (incluindo os aspectos financeiros), todos convergindo o sentido subjetivo do prazer.

Ou seja, mesmo que todos os aspectos estejam "normais" em si, ainda restará a interpretação pessoal do que é satisfação pessoal e interpretativa. As disfunções sexuais vêm freqüentemente associadas à depressão, aos transtornos neuróticos, às dificuldades de adaptação, sentimentos de culpa e hostilidade, e de medo de não ser aceito, entre os outros. O idoso com mais de 65 anos de idade já tem o declínio sexual complicado pelas doenças e ação dos medicamentos.

Doenças

Outro problema que atinge e aflige os namorados são as doenças transmitidas durante o ato sexual que antes eram chamadas de doenças venéreas e que agora tem o nome de Doenças Sexualmente Transmissíveis, abreviadas para DST.

Nos Estados Unidos, estimativas apontam que cerca de 12 milhões de novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) ocorrem anualmente, sendo esse o mais alto índice entre os países industrializados. O custo global da infecção transmitida por via sexual é estimado de modo conservador em 17 bilhões de dólares ao ano. Só para ser ter uma idéia desse montante, todo sistema de Saúde do Brasil, incluindo consultas, cirurgias, partos, acidentes, vacinação e etc gastou em 1999, 10 bilhões de dólares.

As DST são um grande problema de saúde pública, em todo o mundo mas podem ser prevenidas e controladas. Desde o fim da década de 1980, várias alterações relacionadas às DST ocorreram nos Estados Unidos e, segundo as estatísticas, observou-se:

1) diminuição da incidência geral da DST em toda a nação mas o aumento da concentração geográfica em certas cidades grandes e relativamente pobres de sífilis e gonorréia

2) identificação da alta prevalência da infecção por clamídia e seus graves impactos na saúde das mulheres.

3) reconhecimento de que a prevalência de DST causada por vírus (herpes genital, AIDS, papilomavírus humano e hepatite B) ultrapassa em muito o ônus das DST de origem bacterianas(gonorréia, sifilis, etc)na população geral;

4) reconhecimento de que a infecção pelo papilomavírus humano é uma das principais causas de câncer cervical;

5) aumento da transmissão heterossexual do HIV (vírus da Aids) facilitada pela co-infecção por outras DST;

6) evidências incontestáveis de que o controle abrangente e consistente das DST na comunidade previne a transmissão do HIV da Aids;

7) demonstração de que o abuso de álcool e drogas está correlacionado com comportamento sexual não seguro;

8) aparecimento de novos métodos de diagnósticos das DST, modificação no comportamento das pessoas em relação ao sexo devido as DST e aparecimento de novos tratamentos para a AIDS, prolongando a vida desses pacientes;

9) crescimento das organizações de saúde que oferecem uma estrutura organizacional que pode facilitar o desenvolvimento de controle e prevenção de DST.

Bem agora melhor informados, os namorados podem dar asas a paixão e ao sexo, sempre lembrando que o momento fugaz de prazer não deve ser um perigo para a futura saúde física nem mental.

Sexo seguro, com camisinha, previne a DST, a gravidez e permite, se bem trabalhado o comportamento do casal, uma cura da disfunção sexual.

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